"São apenas as cabeças pequenas e limitadas que temem seriamente na morte a destruição total do ser; dos espíritos verdadeiramente privilegiados tal medo fica completamente afastado." Schopenhauer
Numa
tranquila e fria madrugada de um dia sete de um mês sete ele resolver continuar
sua caminhada. Sem muitas cerimônias se despediu de todos deixando seus
ensinamentos. Não digo que meu avô morreu ou faleceu, porque tudo que ele
passou para os membros da família que constituiu com muito amor ficarão para
sempre. Falaram-me que para ser imortal você tem que escrever um livro, plantar
uma árvore ou educar uma pessoa, logo meu avô é mais do que imortal, pois
educou uma família inteira, plantou todo um terreno na Paraipaba e suas
histórias poderiam facilmente se tornar um livro.
Infelizmente
não vou mais tê-lo ao meu lado...logo ele que tanto me acolheu, que me divertia
com suas histórias, me inspirava nos estudos e tanto me incentivou para buscar
meus projetos. Lembro bem de algumas conversas que tive com ele, das manhãs
tranquilas comendo um cuscuz com leite e falando sobre o Ceará, porque não tem
nada melhor do que o seu vozão para lhe fazer torcer pelo vozão.
Ai
ai, vovô, o senhor quis tanto me ver na universidade...e viu! Uma pena que não
chegou a me ver com o diploma na mão, mas lhe garanto, carregarei com amor e
carinho seu sobrenome e vou fazer de tudo para cumprir os nossos sonhos. Espero
vê-lo no dia da minha formatura, não fisicamente, mas nos olhos daqueles que
você amou...
Só
me resta se despedir da maneira que eu sempre me despedia: quando tiver um
tempinho eu volto!
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José Lima Monte |
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