domingo, 14 de julho de 2013

Ao meu avô...

"São apenas as cabeças pequenas e limitadas que temem seriamente na morte a destruição total do ser; dos espíritos verdadeiramente privilegiados tal medo fica completamente afastado." Schopenhauer
                Numa tranquila e fria madrugada de um dia sete de um mês sete ele resolver continuar sua caminhada. Sem muitas cerimônias se despediu de todos deixando seus ensinamentos. Não digo que meu avô morreu ou faleceu, porque tudo que ele passou para os membros da família que constituiu com muito amor ficarão para sempre. Falaram-me que para ser imortal você tem que escrever um livro, plantar uma árvore ou educar uma pessoa, logo meu avô é mais do que imortal, pois educou uma família inteira, plantou todo um terreno na Paraipaba e suas histórias poderiam facilmente se tornar um livro.
                Infelizmente não vou mais tê-lo ao meu lado...logo ele que tanto me acolheu, que me divertia com suas histórias, me inspirava nos estudos e tanto me incentivou para buscar meus projetos. Lembro bem de algumas conversas que tive com ele, das manhãs tranquilas comendo um cuscuz com leite e falando sobre o Ceará, porque não tem nada melhor do que o seu vozão para lhe fazer torcer pelo vozão.
                Ai ai, vovô, o senhor quis tanto me ver na universidade...e viu! Uma pena que não chegou a me ver com o diploma na mão, mas lhe garanto, carregarei com amor e carinho seu sobrenome e vou fazer de tudo para cumprir os nossos sonhos. Espero vê-lo no dia da minha formatura, não fisicamente, mas nos olhos daqueles que você amou...
                Só me resta se despedir da maneira que eu sempre me despedia: quando tiver um tempinho eu volto!
                Quando a vida me der um tempo, irei vê-lo...


José Lima Monte



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