Esse
ano de 2016 entra na lista dos anos mais conturbados e movimentados que já
vivi. Se tivesse que resumir em duas palavras escolheria “ocupação” e “leitura”.
Entre coisas boas e ruins, fica o julgamento dessas coisas ao individual, quem
viveu com intensidade esse ano teve que utilizar de bastante ocupação e muita
leitura.
De 2015 até
hoje podemos acompanhar no país os movimentos de ocupações por secundaristas e
discentes universitários que transformaram suas escolas, colégios, faculdades e
universidades em novos espaços para formação. Em luta contra reorganização das
escolas em São Paulo, reformulação do Ensino Médio, PEC 241/55 (PEC do teto de
gastos públicos), Governo (fora) Temer e outras pautas pertinentes as
necessidades de cada local, os diversos grupos de ocupações mostraram sua força
e iniciaram perturbações que trarão transformações nos próximos anos.
Para quem se
prende em competição e acredita que tudo não passa de ganhar ou perder, vai
dizer que quem lutou esse ano perdeu, contudo ignora a capacidade
transformadora de interações em grupo. Interações que aconteceram em grupo e
foram construídas em grupo, ou seja, sem ler teorias sobre trabalho em grupo ou
cooperação esses grupos colocaram em prática o que é defendido e orientado por
diversas pessoas da área da educação e formação, em especial a Aprendizagem
Cooperativa.