Pelo corredor central eu a vejo
Com sua mochila, as vezes caderno
na mão com seu óculos, grande óculos, sorrindo
Para no “Iguatemi” olha os
vestidos e sai correndo
Eu to sempre ali, invisível, aos
olhos dela.
Sentado quase sempre num banco
onde tenho uma visão privilegiada do que ocorre no corredor.
As vezes tá um caos esse
corredor.
É a tia dizendo que vai tacar um
processo na universidade.
Os tios da limpeza falando de
futebol, “quem é melhor? Ceará ou Fortaleza?”
Pessoas passando e nem se
falando.
Já é a hora vou descer.
Passando pelos blocos
Vou até o final do corredor, paro
pra beber água.
Vem o caos. Nossa é ela. O que eu
faço? Falo? Não falo? Nada.
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Fonte: UECE |
“Ei man quanto tempo”
“Diga lá jovem”
Um abraço.
Um sorriso.
Um minuto com sensação de uma
hora.
Que hora.
Um caos.
Não sei que termos são os dados
hoje.
“A Chush” é assim né? Nem eu sei.
Eu segui meu caminho pelo
corredor.
Voltei com olhar de quem procura
aquele mesmo sorriso.
Mas não. Nossos caminhos não vão
se encontrar assim tão fácil.
Afinal eu sou do G e ela é do L.
Mas todo dia faço esse trajeto.
Diego