Andando pelas ruas da cidade
encontro um rosto peculiar. Com seus jeitos que pertencem só a si, falava e
gesticulava mostrando a todas as pessoas ao seu redor quem era e até onde ia
seu conhecimento de mundo. Um olhar mais atencioso deixava evidente que aquilo
tudo não passava da superfície de todo conhecimento que estava presente
naquelas falas.
Entre risadas e falas, aponta
para mim e com um largo sorriso resolve me questionar. Pergunta o que faço ali
e o que está faltando nas coisas que estão ao meu redor... desde objetos até
mesmo o tempo. Basta apenas uma troca de palavras de trinta segundos para que
eu note que eu estava envolta daquela energia ansiosa por histórias.
Começa falando sobre a importância
de todas histórias. Sejam aquelas contidas nos livros, nas vivências cotidianas
e até nas viagens ficcionais. Comenta como as mais diversas histórias são
importantes e o quão é problemático uma pessoa não querer conhecer e entender
tudo isso. De fato, são as histórias que compõe a nossa história de vida
pessoal que vão construindo quem nós somos. As pessoas que estavam ao redor
poderiam não entender exatamente isso, mas entendiam aquela forma de falar que
chamava tanto a atenção.
E assim fiquei por 10 minutos
ouvindo e falando, rindo, escutando as críticas, fazendo planos e convites.
Contudo, diante de escutar pequenos trechos de vivências que iam tecendo um
retalho de vida, não tive a oportunidade de compartilhar minhas histórias.
Talvez eu nem tenha tentado fazer isso.
Então esse é um momento de
retratação e valorização do contar histórias, do fazer histórias, do próprio
viver e compartilhar tudo isso. O curioso é que ao contar esta história eu já
não sei definir se alguma parte é história ou estória, mas me parece que a
composição fará parte da História, a minha História.
Lucas
Nenhum comentário:
Postar um comentário