Hoje
faz uma semana após a votação do primeiro turno das eleições 2014. Em alguns
Estados, como é o caso do Ceará, ainda terá segundo turno para o cargo de
Governador e no país teremos segundo turno para Presidência da República, mas
não é sobre isso que falei agora.
Como
o título sugere vou falar dos absurdos que rondaram esse processo eleitoral e
um pouco dessa semana. Uma semana de atraso na postagem, mas quem me acompanha
mais de perto sabe o como foi corrida essa semana.
Enfim,
sem blá blá blá... vamos retornar há uma semana atrás e refazer nosso percurso
até a urna. Relatarei o meu, você acompanha e associa com o seu.
Logo
que saio de casa e ando um pouquinho vejo uma aglomeração de militantes com blusas
e bandeiras de um determinado candidato, que, infelizmente, foi eleito, mas é
uma cena que chama a atenção, porque é algo proibido por lei. Não é preciso
olhar muito para notar que alguns rostos são familiares, são os mesmos rostos
que estavam segurando as bandeiras durante as campanhas.
Muitos,
provavelmente, possuem muitas dificuldades financeiras e é dessa
vulnerabilidade econômica que o candidato se aproveita. Paga a pessoa para
fazer um serviço por horas e nas eleições recebe um valor adicional para fazer
boca de urna. Infelizmente, e vou repetir muito essa palavra, é assim que muito
candidato consegue se eleger. É um corrupto desde o planejamento da sua
campanha até o fim da sua candidatura. O que é mais revoltante é escrever esse
texto, ter o nome de um candidato na cabeça que fez essa prática e foi eleito.
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(c) Caio Erick 2014 |
E
em diversas partes do bairro era possível encontra alguém entregando panfleto
ou adesivo. Essa prática não era exclusiva desse determinado bairro, porque em
todos você encontrava isso e chegava a ver absurdos maiores de pessoas parando
eleitores nas ruas e dizendo em quem votar.
É
difícil acreditar que realmente existam pessoas que se vendem tão barato,
porque você decide um futuro a longo prazo por uma pequena quantia de dinheiro.
Por mais que eu saiba de muitos motivos que levam as pessoas a fazerem isso, é
difícil acreditar que realmente aconteça...
Se
eu pudesse resumir em uma expressão todas as diarreias mentais do dia da votação seria em “boca de urna”, mas é
muito pouco para todo o absurdo que vi no dia.
Mas,
logo depois da boca de urna, não há nada mais absurdo do que olhar para o chão
da cidade. Isso mesmo, faça um pequeno exercício nesse segundo turno, olhe para
o chão durante todo o seu caminho e encontrará um rastro enorme de adesivos e
panfletos.
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EMEIF Diogo Vital de Siqueira (em frente) |
Não
tão curiosamente, a maioria das coligações mais ricas e dos candidatos que mais
investiram dinheiro em suas campanhas. Dinheiro esse que, muitas vezes, vem de
empresas privadas que investem pesado naquele candidato, porque sejamos
sinceros, empresa nenhuma “doa” dinheiro, ela investe.
E
as vias das cidades são tomadas completamente por esses panfletos, tudo porque
o grupo do candidato não soube gerenciar bem essa situação e deixou sair do
controle. Vou dar um exemplo de como é possível reduzir isso: os militantes do
Psol que estavam panfletando em Fortaleza ofereciam o panfleto para a pessoa e
se ela recusasse, tudo bem, mas se ela pegasse e mais na frente jogasse no
chão, eles iam lá, recolhiam e entregavam para outra pessoa. Deu tão certo que
mal se via panfleto do partido no chão, não vou dizer que não se via, mas era
um ou outro, não uma quantidade absurda.
E pode ter certeza, meus caros
leitores, que mais absurdos aparecerão nesse segundo turno...
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