Sabe quando você
vai para o zoológico e fica fascinado com todos os animais? Está lá com sua
família ou amigos e sai observando todos os animais. Tem aqueles animais que
você ver e gosta de cara, acha bonito e tem aqueles que você vê e acha a coisa
mais engraçada do mundo, então não se contenta e vira para a pessoa do lado e
começa a falar e a fazer piadas com aquele animal, mas seu amigo não o acha tão
engraçado e, diferente de você, fica espantado com a “feiura” ou o exótico
daquela criatura... eu sou esse animal.
Sim, sou esse
animal. Por vezes todos nós nos sentimos parte desse zoológico humano, mas eu
duas situações especiais notei que eu era o animal exótico naquele círculo
social, porém já estava esperando essa reação das pessoas. Dois simples
experimentos que um sociólogo poderia tirar muita coisa, porém só posso tirar
algumas observações.
Como já mencionei
em outros textos, faço parte de um grupo de estudos do meio ambiente, o GEMA, e
em uma das nossas apresentações artísticas – culturais os participantes têm
seus rostos pintados e ao final de uma dessas apresentações fui para casa com o
rosto pintado ainda. Não tenho problema com isso, tínhamos feito uma
apresentação dentro de um órgão do Governado do Estado no período de greve dos
professores e ao final levantamos uma faixa em defesa dos professores, então
tinha sido uma apresentação muito incrível.
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Pintura de Beniwendel |
A outra situação
foi mais recente, estava conversando com um professor-amigo, Henrique Gomes de Lima, e vi em cima da mesa uma echarpe que estava com ele. Peguei a echarpe
emprestada e disse para ele que devolvia depois, ele rapidamente perguntou: tem
coragem de usar?
Creio que ele já
estava prevendo a reação das pessoas. Alguns acharam legal e interessante, mas
a maioria ficava rindo da minha cara e mostrando para os outros. Não me era uma
situação incomoda, porque eu estava observando atenciosamente todas as reações
que eu conseguia, ou seja, enquanto estavam rindo da minha cara, eles estavam
sendo “objetos de pesquisa”.
Deveríamos fazer
estudos mais aprofundados sobre esse tema, porque fica claro que o “incomum” no
meio de um circulo chama a atenção, mas como as pessoas enxergam isso? Qual é a
opinião das pessoas sobre isso? Vamos perguntar, pesquisar e escrever... e com
relação ao receio do que vão dizer sobre você, uso a frase de umas tias minhas
que moram no interior:
“teu pinto não vai cair por causa disso.”
Dica de blog: Um pouco de Vinicius...
Nos primórdios os anglo-saxões usavam um espécie de "saia" cuja denominação correta é Kilt. Ainda hoje a usam. Os islâmicos usam desde sempre túnicas longas a arranjos de tecidos na cabeça. Cristo usava túnica, cabelos longos e falava de amor.
ResponderExcluirJá imaginou esses seres andando pelas cidades brasileiras?
E Cristo, de túnica, cabelo abaixo do ombro, e falando de amor - seria ridicularizado e até o chamariam de " bicha velha" .
kkkkkkkk
ExcluirRir para não chorar...o pior é que isso é verdade. Fico imaginando alguém usando um kilt aqui em Fortaleza.