Propagandas
por todos os lados... nas paredes, nos carros, motos, no chão e pelo ar com as
musicas dos candidatos. Cada um procura a melhor forma de divulgar suas
propostas e algumas, muitas delas na verdade, tornam-se abusivas.
Para
começar temos o clássico santinho com
o rosto do candidato e suas propostas atrás. Essa, com toda certeza, é a mais
utilizada pelos candidatos e até é interessante, porque você tem em mãos as
propostas, o que permite que cada um de nós possa sentar e ler tranquilamente
as propostas.
O
problema é que boa parte das pessoas que entregam esses panfletos não tiveram
nenhuma orientação e estão sendo pagas apenas para entregar certa quantidade,
então eles têm aquela meta para bater e receber o dinheiro prometido, logo
muitos acabam forçando a pessoa a receber ou deixam cair “acidentalmente” no
chão. Como resultado temos ônibus e vias completamente sujas com panfletos
estampando o rosto daqueles que irão nos representar, caso sejam eleitos.
(Candidatos, busquem orientar
seus “militantes” a não se imporem e caso vocês não acreditem que existe uma
forma de resolver essa pratica que tanto suja nossa cidade, desculpem-me, mas
não estão preparados para assumir nenhum cargo)
Ah
e não existe forma maior de imposição do que os carros de som. Uma prática que,
na minha opinião, já chega! Creio que boa parte da população já está cansada de
ouvir esses carros passando nas ruas com musicas ensurdecedoras. Sei que isso
chama a atenção para o candidato, mas se isso nos garantisse um bom candidato
não deveríamos ter o nosso atual prefeito.
Embora
tudo isso sejam práticas antigas, uma que vi pouco foi a de pintar o muro,
porém, quando estava indo para Salvador, passando pelo interior do Ceará, vi muitas
casas com seus muros estampando os números dos candidatos Eunício Oliveira e
Camilo Santana, afinal, graças a seus “padrinhos”, os dois conseguem grande
influência nessa região.
O
que um apadrinhamento não faz né? É capaz de levar seus candidatos para as
regiões, muitas vezes, esquecidas por todos nós e facilmente cativam os
eleitores dessas regiões, porém, em algumas vezes se utilizam de uma prática
que não considero correta, a de transformar o cearense em eterno devedores dos
seus padrinhos, mas não vamos tocar nisso agora.
Aproveitando
que falei da viagem, foi um dos motivos para as postagens terem parado, quero
comentar rapidamente a visão que tive em Salvador sobre essa forma de fazer
campanha. As vias da cidade completamente tomadas por cavaletes com os rostos
dos candidatos estampados, parece uma verdadeira competição de quem aparece
mais e isso acaba tirando parte da beleza da cidade, que por sinal é muito
bonita.
Mas,
já que estou fazendo o papel de “chato” da história, o que os candidatos
poderiam fazer para ter uma campanha mais eficiente? Além das propagandas no
rádio e na TV, porque sim eu gosto e assisto quando posso (é uma das poucas
coisas que vejo na TV), um meio que poderia ser facilmente utilizado e com toda
certeza daria um resultado positivo, ou negativo, seriam as páginas no Facebook
ou outras mídias sociais.
Assim
como as empresas e outras organizações estão fazendo uso dessa mídia social, os
nossos candidatos também poderiam fazer, porque isso permitira que ele
alcançasse um número maior de pessoas e, o que é mais interessante, daria um feedback para sua campanha, porque muita gente que
seria contra ele, foca-se apenas nos que possuem argumentos de verdade, iria lá
só para argumentar e isso permitiria que os candidatos notassem possíveis
falhas nos seus projetos, afinal, estamos falando de seres humanos.
Sabe
aquela frase de “romper com a velha política”? Pois é, também vamos romper com
a forma velha de fazer campanha... não estou dizendo que devemos parar de fazer
tudo que é feito e sim repensar o que é preciso modificar e inovar.
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