Quem eu sou? “Você é um nerd”; “Você é um chato”; “Cara tu
um grande amigo; “Tu é uma pessoa que se acha, a pessoa mais irritante que eu
conheço”; “Tu é bem legal”... tudo isso já me responderam e eu ainda continuo
me perguntando “Quem eu sou?”.
Volta e meia eu
me deparo com esse questionamento. Não adianta, por mais que eu pense, repense,
pesquise, leia e pense novamente não consigo me definir. As vezes me defino
simplesmente como humano, a espécie que se mostra superior as outras, que usa
sua tecnologia e sabedoria para sobrepor-se as outras espécies, mas não quero
me sobrepor as outras espécies. E isso me leva a observar outra coisa nos
próprios humanos.
Sempre nos
mostramos superior as outras espécies. Povoamos todos os espaços possíveis e
mudamos aquilo que estava lá só para termos mais conforto em nossa vida. Sempre
é assim, estamos constantemente mudando os ambientes para nos proporcionar
conforto, nunca aprendemos a nos adaptar aos ambientes. Queremos que o ambiente
se adapte a gente, mas aí é que está o problema.
Aquele ambiente
tem um vínculo íntimo com a Terra, ele existe a mais tempo do que nós mesmos,
ele estava lá quando eu nasci e tenho que respeitar isso. Porém temos a
impressão de que ele aceita tranquilamente que nós os mudemos e quando menos
esperamos vem sua fúria e derruba tudo que construímos com grandes tempestades,
desmoronamentos, furacões, e por aí vai. Aquele ambiente mostra sua verdadeira
força, sua ira. Ira? Como ouso chamar de ira a reação que tenta buscar o equilíbrio
novamente? Ira quem tem sou eu quando vejo meu castelo de cartas caindo com o
vento que não tem culpa de nada.
Isso me fazer ver
que estamos perdendo nosso vínculo com o nosso planeta, esse que chamamos
carinhosamente de Terra. Não quero perder esse vínculo, não quero me desligar
desse planeta, não quero me sobrepor as outras espécies. E quando começamos a
entender isso vemos que somos iguais aos outros e que espécie nenhuma é mais
importante do que outra, começamos a entender o vínculo que nos liga a esse
planeta. Não sou o gigante desse corpo celeste e nem a menor das espécies, sou igual
aos outros.
Quando chego a
essa conclusão vou atrás de ir mais além e busco entender o que está fora do
nosso planeta. Não sei se tem vida fora daqui e se tiver, como devo chama-los?
Simples, os chamemos de ET (Extraterreste), e se for de Marte, os chame de
Marcianos.
Nem sabemos se
existem e já demos nomes para eles, mas e se Marte não existir? É! Esse planeta
que chamamos de Marte é a terra onde eles vivem, então carinhosamente eles
podem chama-la de Terra. Então quem é extraterrestre? Eu ou ele? Putz...mal
sabemos sobre eles e já estamos nos sobrepondo novamente.
E tudo isso
começou com a dúvida sobre quem eu era. Ah já sei, eu sou o escritor desse
texto. Acho que você concorda comigo nisso pelo menos. Você tem como provar que
sou eu mesmo que estou escrevendo? Acho que não. Na verdade acho que ninguém
mais está lendo esse texto até aqui, então estou falando sozinho. Sou um louco
talvez.
Não consigo me definir,
não consigo provar quem sou, não consigo me entender, só aparecem
mais questionamentos. Não tenho solução, sou uma hipótese não provada. Não sou
superior e nem inferior, não sou mais forte e nem mais fraco. Quem eu sou? Eu
sou um nada...
...e você?
Quem é você?
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