domingo, 29 de setembro de 2013

Constelações - Dayane Estephne

E nessas constelações te achei assim como quem não quer nada.
Me deparei com o inverso do meu cotidiano e de cabeça mergulhei
em tudo isso.
Te encontrar me fez assim tão bem, tão completo como as notas que
agora componho pra você.
Nas tardes de domingo só quero teu abraço.
Meio sem jeito rimo risos pra te conquistar.
Uma vez mais te levo por minha imaginação até o segredo
de outro desejo seu.
Vamos sobrevoar as margens desse paraíso que é nos aqui agora.
Deixa eu perceber a cor da sua íris de pertinho como um só.
Contorna o arco-íris como as nuvens e no embalo dessa canção
diz que me ama.

Dayane Estephne

sábado, 28 de setembro de 2013

A arte do desconserto

                Quantas pessoas passam na sua vida? Quantas você chamou de amigo e quantas você já disse que amou? O que faz você gostar dessas pessoas? Na maioria das vezes gostamos daquelas pessoas que nos escutam e que acrescentam algo na gente, aquelas que são capazes de ajudar na construção das nossas ideias. E se eu falar que existe pessoas mais interessantes do que essas?
                Já parou para pensar que as pessoas que mais consideramos como amigos verdadeiros ou aquelas que nos apaixonamos perdidamente são aquelas que desconstroem algo em nós? Sim, isso mesmo que você leu. Muitas vezes estamos aqui andando com nossa vida, com nossos planos crentes de que estamos totalmente certos e queremos isso para nossa vida, até que aparece uma pessoa que do seu jeito natural desconserta nossos planos e faz a gente mudar totalmente aquele plano que seguia sua vida desde o início da sua pré-adolescência.
                Isso mesmo, porque uma pessoa foi capaz de penetrar nessa sua casca grossa e atingiu o mais fundo do seu coração e conseguiu causar uma reflexão tanto nos seus sentimentos quanto nos seus pensamentos. Isso mesmo, meu caro amigo, outra simples pessoa conseguiu modificar seus planos e por que a surpresa?
                Acho que sei a resposta do parágrafo anterior... em todos os seus planos, em todas as combinações possíveis para o seu plano de vida, em todos os caminhos do grafo da sua vida você não incluiu a possibilidade de uma pessoa assim aparecer, e vejam só! Ela está aí na sua mente nesse exato momento (kkkkk). Tá na hora de ajeitar o modelo matemático da sua vida para incluir essa característica tão forte.

O último Teorema de Fermat

A história de um homem que enfrentou mais de 300 anos de desenvolvimento matemático, desafiou grandes nomes da história da matemática para alcançar seu sonhos de infância...






domingo, 8 de setembro de 2013

A solidão que nos cerca

                Uma antiga história que um dia me contaram diz que dentro de cada um de nós existe um lobo
bom e um lobo mau lutando para dominar o nosso ser. Porém, é preciso que alimentemos um dos dois lobos, aquele que for mais alimentado vencerá o duelo e tomará conta do nosso ser. Apesar de parecer algo desesperador por estarmos sempre correndo o risco de alimentarmos o lobo errado, é isso que nos mantém vivos e ativos; é esse constante conflito interno que nos faz questionar e buscar coisas novas, porque esses lobos tem fome de novidade, de conhecimento, de pensamento e de ideias.
                Acontece que às vezes um terceiro fator aparece nesse duelo, deixa de ser apenas o lobo bom e o lobo mau, a solidão que nos cerca. Esse terceiro elemento, pouco falado, pouco discutido, às vezes, costuma estarem ao redor do duelo entre os dois lobos e não notamos isso. Ocorre que na vida estamos expostos a diversos ambientes e alguns deles nos distraem tanto com outros sentimentos que nos esquecemos de alimentar os lobos. É nesse momento que a escuridão da solidão se fortalece e cobre como uma névoa o campo de batalha entre os dois lobos.
                Imagine uma guerra sendo travada em um campo de batalha totalmente escuro, difícil de imaginar? Agora imagine que você tem que alimentar os dois exércitos na escuridão, mais difícil ainda? É dessa forma que a solidão nos controla, cria uma névoa entre os dois lobos e não sabemos qual estamos alimentado, acaba que muitas vezes não estamos alimentando nenhum dos dois lobos e eles começam a morrer sem poder lutar.
                A ausência desse combate intenso traz danos drásticos para a nossa vida, porque deixamos de absorver aquela energia gerada pela luta entre as duas entidades que disputam o nosso controle. Passamos a nos enfraquecer, porque quando um dos lobos tenta lutar, acaba se ferindo ou nos ferindo, então começamos a morrer.
                Não quero dizer que estamos parando de respirar e que nosso coração está parando, estou querendo dizer que deixamos de sonhar e isso vai nos matando internamente. A névoa que impede a luta começa nos cegar e perdemos a noção de quem está ao nosso lado e de quais são nossos sonhos, vamos atraindo tristeza, ódio e rancor para dentro do nosso simples e frágil corpo humano.
                Porém, dentro do nosso frágil corpo ainda existe uma esperança. Uma flor que timidamente vai brotando no meio do campo de batalha entre os lobos. Quem plantou essa flor? Nós mesmos... os nossos sonhos, por mais danificados que estejam deixam essa semente. E às vezes nem só nós mesmos que plantamos essa flor, não conseguimos enxergar, mas ao nosso redor sempre tem aquelas pessoas, que por mais frágeis que sejam, por mais imperfeitas que sejam, tentam plantar essa flor, e, por incrível que pareça, lutam para manter essa simples flor. É claro que não conseguimos enxergar isso, a solidão já nos cegou, porém aquelas pessoas que ajudaram a plantar a plantinha continua regando-a. Pouco importa para elas a dor que vão sofrer ao tentar fazer isso, pouco importa para elas as patadas que irão receber da solidão alheia, pouco importa... o que importa é o que elas acreditam, porque acreditam que são capazes de manter viva essa luz dentro do outro.

                Você não vai enxergar essa flor agora, mas acredite em mim, ela está lá. Digo isso, me expondo ao erro, porque sei que existem pessoas lutando para que essa ideia seja verdadeira. Talvez não seja verdadeira, mas por que não deixar essa pessoa tentar? Afinal, estamos cobertos pela tristeza, pela fraqueza, deixemos que o outro tente nos reerguer. Sei que essa outra pessoa também tem suas lutas internas, mas talvez ela tenha um motivo especial para também querer lutar por outra pessoa, talvez tudo possa ser resumido em uma única palavra... AMOR!