sábado, 18 de abril de 2015

Envolvidos

O coletivo Nigéria fez esse curta bastante interessante onde aborda o extermínio da juventude no bairro Bom Jardim, que é conhecido em Fortaleza por ser violento, mesmo que boa parte da população conheça essa violência somente por meio da mídia e preconceito com a região. Contudo, a violência é presente, assim como eu outros pontos da cidade de Fortaleza e outras cidades do nosso país e o grupo faz o curta mostrando histórias reais que abordam em pontos que geralmente são deixados de lado na hora de falar sobre violência. Sem mais blá blá blá, assistam que garanto que não vão se arrepender:





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domingo, 12 de abril de 2015

Meus dezesseis anos

                Estava aqui pensando sobre a redução da maioridade penal e lembrei-me dos meus 16 anos. Nessa época, que faz só quatro anos, eu estava lá pelo segundo ano do ensino médio, ano esse que muita coisa mudou na minha vida, principalmente na política. Lembro-me bem que foi o ano onde mais tive caos ideológico em minha mente e desse caos saiu à base de quem sou hoje.
                Nesse ano participei pela segunda vez da Olimpíada Brasileira em História do Brasil organizado pela Unicamp e, junto com minha equipe, engolimos todo o assunto que nos era levado ao debate pela olimpíada e pude conhecer bem a história de meu país e, melhor ainda, pensar sobre todo aquele contexto que envolvia cada questão.
                Mas não só de olimpíada foi o ano, o ponto mais importante foi à greve dos professores onde pude participar de quase todas as manifestações, assembleias e debates, daí surgiram os grandes amigos de hoje e o posicionamento político. Lembro-me bem das repressões que tinham nas manifestações, em uma delas revi um professor de xadrez do ensino fundamental.

sábado, 11 de abril de 2015

Debate sobre redução da maioridade penal

Vídeo do programa "Participação Popular" que foi exibido no dia 22 de março de 2013, mas que permanece bem atual pelo assunto em debate e pela opinião dos entrevistados na rua.

Mesmo sendo contra a redução da maioridade penal, tenho que concordar que é um debate bastante enriquecedor e esclarecedor em muitos pontos e que os dois convidados conseguem quebrar alguns mitos estabelecidos em nossa sociedade, principalmente aqueles compartilhados por quem apoia a redução. Não deixe de assistir ao debate e dizer o que achou dele:





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terça-feira, 7 de abril de 2015

Desculpa esse mundo, Eduardo. Desculpa esse mundo - Pablo Villaça

Retirada do G1
(Foto: Fábio Gonçalves/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
Eduardo tinha dez anos de idade.


Eduardo tinha pais, irmãos e amigos.

Eduardo gostava de correr, de brincar, de ver televisão, de rir de desenho animado e de comer bobagem antes do almoço.

Eduardo queria ser bombeiro quando crescesse.

Mas Eduardo não vai crescer. Ele começou o dia criança e terminou cadáver. Tinha sonhos e agora é carne machucada e sem vida. Seus verbos agora são no passado.

Eduardo de Jesus

Sonhou. Riu. Brincou. Viveu.

domingo, 5 de abril de 2015

Uma páscoa não tão cristã






Imagem: Daniel Lafayette

"Jesus nasceu numa quebrada. Periferia da periferia mesmo. Passou a vida arrumando treta por questões sociais. Defendeu assassino, ladrão, puta, pobre e leproso. Juntou uma galera pra defender a causa. Começou a fazer barulho. Conquistou o desafeto da classe média e da elite (ponto pro cara). Considerado subversivo, foi preso pelo Império. A classe média pedia pena de morte, mas o crime não a justificava. Pôncio Pilatos jogou o b.o. pra Herodes. Herodes se ligou na mesma coisa e devolveu o b.o.. Pilatos deixou pra galera decidir. Bem pensado, porque desde aquele tempo, o povo já tava cheio de dateninha linchador. O cara foi executado ouvindo piadinha de justiceiro. E não foi morto "entre" bandidos. Foi executado pelo Estado COMO bandido - subversivo, que de fato era. Enfim, o messias cristão foi um sujeito pobre, nascido na perifa, engajado em questões sociais, executado como bandido pelo Estado sob os aplausos dos justiceiros. Então, Jesus, se você estiver lendo isso e pensando em voltar, fica esperto. Essa "gente de bem" de hoje em dia vai te matar de novo enquanto come bacalhau e ovo de Páscoa.
Rauni Fontana"





sexta-feira, 3 de abril de 2015

E você vem me falar de quinta-feira santa?

                Dia 02/04/2015... uma quinta-feira da semana santa. O dia que Jesus Cristo realizou a última ceia, lavou os pés dos seus discípulos e depois foi entregue por Judas. Na noite do mesmo dia, Jesus foi preso e interrogado, para no outro dia ser surrado por soldados, humilhado e por fim, crucificado.
                Para quem se considera cristão, principalmente na Igreja Católica, é um dia para refletir e, ouso dizer, um dia onde todos estão no mesmo patamar chegando até a lavar os pés uns dos outros; notem a importância desse gesto. Gesto lindo? Sim, mas do que adianta tudo isso?
                No mesmo dia que Jesus iria mostrar um dos gestos mais humildes da semana santa, eu estava esperando o ônibus por volta das 18h. O ônibus não demora. Subo, pago ao trocador, passo a catraca, sento na cadeira e lá fico observando tudo ao meu redor pela janela e os rostos dentro do ônibus.
                Quando o veículo chega à metade de sua rota o motorista diz algo para o trocador que não entende e pede para ele repetir:

Motorista: Pegaram um assaltante ali no ônibus da frente, bora lá!
Trocador: Vamos, vamos!!!

Por que sou contra pena de morte?

Certa vez estava conversando com uma amiga sobre criminalidade quando um senhor escuta a conversa e diz “bandido bom é bandido morto e enterrado em pé para não ocupar espaço”. Diante daquela frase tento explicar porque sou contra pena de morte e esse tipo de visão. Como sempre nessas conversas surge a defesa por uma moral, tento mostrar que não temos essa moral suficiente para decidir quem vive ou morre, é bem simples:

Eu: mas, meu caro, se matar fosse a solução para nossos problemas teríamos que fazer uma chacina, porque quem é bandido é quem comete um crime e degradar meio ambiente, desrespeitar o outro, corrupção são crimes. Sem falar que só do senhor ter furado essa fila já cometeu um crime.

Ele: eu mesmo não! Só por que furei uma fila? Me respeite, moleque, porque eu passo dia todo trabalhando, o que furar fila tem haver?

Eu: oxe, mas quando o senhor fura uma fila está cometendo um crime, talvez até em menor escala, mas ainda é um crime e quem comete crime não é bandido? Então o senhor não deveria começar se matando? (ok, posso ter exagerado aqui)