segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Crônicas no ônibus 01

                Ai ai...quem nunca pegou ônibus lotado nessa vida que atire a primeira pedra! NÃÃOOO! Pera aí, sei que tem gente que nunca pegou ônibus lotado, mas talvez sempre se perguntou como seres humanos, ou sardinhas evoluídas, conseguem sobreviver nesse ecossistema tão diversificado que é um ônibus lotado.
                Para aqueles que nunca pegaram um ônibus lotado na vida, e quando digo lotado quero dizer lotado pra c***, aí vai um dos meus relatos de sobrevivência em um ônibus, quer dizer, acho que estou vivo, talvez tenha ficado uma perna ou um dedo no ônibus, mas é assim mesmo, porque tudo nessa vida é passageiro, menos o motorista e o trocador (piada paia).

http://onibusbrasil.com/jardelmachado/628427/


                Lá estava eu no terminal de Antônio Bezerra esperando o ônibus 243 – Parque Universitário/Antônio Bezerra, que para quem não sabe é um dos ônibus, nos horários de picos, que é considerado um GOLF (Grande Ônibus Lotado de Fortaleza), cansado depois de um dia na universidade, com uma bolsa cheia e pesada nas costas e livros na mão. É claro que estava um calor infernal, fila grande e ônibus demorado.
                Porque não basta você saber que vai ser difícil entrar no ônibus, ele tem que demorar. Demora, mas um dia chega e na hora que ele chega a reação das pessoas é essa:



                Sim! Parecem guerreiros espartanos preparados para amedrontar o inimigo, que nesse caso é você, pobre estudante. Você nota que não vai dar certo a entrada no ônibus quanto o motorista para o veículo um pouco mais a frente da parada e quando abre a porta do meio...a guerra começa.
                Nessas horas acontece algo que é tenso, mas que às vezes se torna engraçado, todos entram de uma vez no ônibus e “entopem” a entrada, por uns 5 segundos não entra ninguém (sim, estou falando sério, isso acontece muito). Mas pera aí que tenho que entrar na história novamente, estava eu tentando sobreviver entrar no ônibus quando sou empurrado para o meio das duas filas, começo a ser empurrado para fora da fila, então começa meu desespero, porque tenho que entrar naquele ônibus, se fosse esperar outro ia chegar muito tarde em casa.

                Busco forças do além para me manter na fila, até que o pior acontece. Um dos lados continua me empurrando, e como estou com livros nas mãos sem me segurar direito, eu começo a girar, isso mesmo, você leu correto, começo a girar. Eles conseguem a façanha de girar meu corpo 180°, quando noto já estou de costas para o ônibus!!! Mas, já me sentindo uma catraca, eles continuam me girando e giro mais uma vez 180° e voto para a posição original. Sim, meus caros amigos, fui girado 360° em uma fila de ônibus. Mas estou vivo para contar essa história...
                E que lição podemos tirar dessa aventura? As pessoas poderiam ser mais pacientes na hora de entrar no ônibus, sei que estão cansadas e querem se sentar, mas se "matar" por uma cadeira vale a pena? Vamos respeitar os outros passageiros também. Ah! Não me esqueci, também ficaria mais fácil se os fiscais ficassem próximos organizando as filas. É apenas isso que falta, uma boa gestão e conscientização...


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