domingo, 28 de setembro de 2014

Campanha Mais do Mesmo


                Propagandas por todos os lados... nas paredes, nos carros, motos, no chão e pelo ar com as musicas dos candidatos. Cada um procura a melhor forma de divulgar suas propostas e algumas, muitas delas na verdade, tornam-se abusivas.
                Para começar temos o clássico santinho com o rosto do candidato e suas propostas atrás. Essa, com toda certeza, é a mais utilizada pelos candidatos e até é interessante, porque você tem em mãos as propostas, o que permite que cada um de nós possa sentar e ler tranquilamente as propostas.
                O problema é que boa parte das pessoas que entregam esses panfletos não tiveram nenhuma orientação e estão sendo pagas apenas para entregar certa quantidade, então eles têm aquela meta para bater e receber o dinheiro prometido, logo muitos acabam forçando a pessoa a receber ou deixam cair “acidentalmente” no chão. Como resultado temos ônibus e vias completamente sujas com panfletos estampando o rosto daqueles que irão nos representar, caso sejam eleitos.

(Candidatos, busquem orientar seus “militantes” a não se imporem e caso vocês não acreditem que existe uma forma de resolver essa pratica que tanto suja nossa cidade, desculpem-me, mas não estão preparados para assumir nenhum cargo)

                Ah e não existe forma maior de imposição do que os carros de som. Uma prática que, na minha opinião, já chega! Creio que boa parte da população já está cansada de ouvir esses carros passando nas ruas com musicas ensurdecedoras. Sei que isso chama a atenção para o candidato, mas se isso nos garantisse um bom candidato não deveríamos ter o nosso atual prefeito.
                Embora tudo isso sejam práticas antigas, uma que vi pouco foi a de pintar o muro, porém, quando estava indo para Salvador, passando pelo interior do Ceará, vi muitas casas com seus muros estampando os números dos candidatos Eunício Oliveira e Camilo Santana, afinal, graças a seus “padrinhos”, os dois conseguem grande influência nessa região.
                O que um apadrinhamento não faz né? É capaz de levar seus candidatos para as regiões, muitas vezes, esquecidas por todos nós e facilmente cativam os eleitores dessas regiões, porém, em algumas vezes se utilizam de uma prática que não considero correta, a de transformar o cearense em eterno devedores dos seus padrinhos, mas não vamos tocar nisso agora.
                Aproveitando que falei da viagem, foi um dos motivos para as postagens terem parado, quero comentar rapidamente a visão que tive em Salvador sobre essa forma de fazer campanha. As vias da cidade completamente tomadas por cavaletes com os rostos dos candidatos estampados, parece uma verdadeira competição de quem aparece mais e isso acaba tirando parte da beleza da cidade, que por sinal é muito bonita.
                Mas, já que estou fazendo o papel de “chato” da história, o que os candidatos poderiam fazer para ter uma campanha mais eficiente? Além das propagandas no rádio e na TV, porque sim eu gosto e assisto quando posso (é uma das poucas coisas que vejo na TV), um meio que poderia ser facilmente utilizado e com toda certeza daria um resultado positivo, ou negativo, seriam as páginas no Facebook ou outras mídias sociais.
                Assim como as empresas e outras organizações estão fazendo uso dessa mídia social, os nossos candidatos também poderiam fazer, porque isso permitira que ele alcançasse um número maior de pessoas e, o que é mais interessante, daria um feedback  para sua campanha, porque muita gente que seria contra ele, foca-se apenas nos que possuem argumentos de verdade, iria lá só para argumentar e isso permitiria que os candidatos notassem possíveis falhas nos seus projetos, afinal, estamos falando de seres humanos.

                Sabe aquela frase de “romper com a velha política”? Pois é, também vamos romper com a forma velha de fazer campanha... não estou dizendo que devemos parar de fazer tudo que é feito e sim repensar o que é preciso modificar e inovar.





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