domingo, 15 de janeiro de 2017

Corredor

Pelo corredor central eu a vejo
Com sua mochila, as vezes caderno na mão com seu óculos, grande óculos, sorrindo
Para no “Iguatemi” olha os vestidos e sai correndo


Eu to sempre ali, invisível, aos olhos dela.
Sentado quase sempre num banco onde tenho uma visão privilegiada do que ocorre no corredor.


As vezes tá um caos esse corredor.
É a tia dizendo que vai tacar um processo na universidade.
Os tios da limpeza falando de futebol, “quem é melhor? Ceará ou Fortaleza?”
Pessoas passando e nem se falando.


Já é a hora vou descer.
Passando pelos blocos
Vou até o final do corredor, paro pra beber água.
Vem o caos. Nossa é ela. O que eu faço? Falo? Não falo? Nada.


Fonte: UECE
“Ei man quanto tempo”
“Diga lá jovem”


Um abraço.
Um sorriso.
Um minuto com sensação de uma hora.
Que hora.
Um caos.


Não sei que termos são os dados hoje.
“A Chush” é assim né? Nem eu sei.
Eu segui meu caminho pelo corredor.
Voltei com olhar de quem procura aquele mesmo sorriso.


Mas não. Nossos caminhos não vão se encontrar assim tão fácil.
Afinal eu sou do G e ela é do L.
Mas todo dia faço esse trajeto.
Diego




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