quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

(In)feliz 2018


O ano mal começou e já estou vendo coisas não muito interessantes, temos aí pouco mais de 2 meses de ano e, de fato o ano só começou depois do carnaval. As precarizações na educação de uma forma geral continuam, a passagem do ônibus aumentou, os prazos para os envios de trabalhos já estão acabando, as bolsas de permanência universitária na UECE diminuíram (eram 900, passou para 1.200 e a agora só tem 500 bolsas), minha bolsa continua atrasada como sempre, violência na cidade para quem quer e para quem não quer, e até intervenção militar teve e estamos em 2018 não em 1964.
Como disse no começo do texto o ano tá muito “bugado”, aliás desde o presidente vampiresco invadiu o poder por meio de um golpe as coisa estão desse modo, (des)reformas indo para votações em Brasília, reforma da previdência, do ensino médio, ajustes fiscais, aumento de salários para os parlamentares e tudo o que há de bom para o Estado (que Estado?), para a família (que família?) e para a economia (que economia?).
Ontem foi um dia em que fui ao posto de saúde tentar marcar uma consulta para março (sim para o próximo mês). Tive que madrugar e sair de casa quase as 5:30 da manhã (sendo que o atendimento ao posto só inicia-se as 7:00 da manhã) e andar pelas ruas calmas da minha quebrada do Jardim União. Chagando ao posto de saúde já tinha pessoas na fila, idosos, crianças, e pessoas no geral. Quando a jovem que entrega a senha chega ela avisa logo:
-“AS MARCAÇÕES DE CONSULTA PARA O PRÓXIMO MÊS AINDA NÃO ESTÃO ACONTECENDO”
Depois dessa informação as pessoas começaram a ir para as suas casas, mas eu e outras três senhoras fomos indagar essa informação, chegando na jovem ela pega e fala:
“Só estamos atendendo casos graves pois só temos um médico.”
Fico me perguntando que caso sérios seriam esses, a pessoa tem chegar lá quase morrendo, né?
Outra coisa que me chamou muito a atenção nesse início de ano bugado, foi a intervenção militar no Rio de Janeiro. Gente estamos em 2018 e ouvi de pessoas que essa foi a melhor saída. Se atentarmos um pouco para a história do Brasil ou da América Latina, percebe-se que intervenções militares fazem é derramar mais sangue, “masss” não qualquer sangue, esse tem classe social e cor, esses plasmas, hemácias, leucócitos e plaquetas, são de pessoas negras, e LGBTs que por coincidência sua maioria moram nas periferias. Aí você pode fazer a pergunta? “ Mas o crime organizando não está dentro das periferias? Certo, mas as organizações criminosas não estão apenas na perifa, essas organizações estão nas mais diversas classes sociais.
E o fato em que me deixou com mais raiva, aconteceu no numa cidade do interior do Estado do Ceará, Icó, onde uma prefeita, Laís Nunes, (que seu marido já foi prefeito da mesma cidade) decidiu juntamente com os vereadores diminuir pela metade o salários do professores assim como sua carga horária, com a justificativa de redução de gastos, e o professores e professoras foram na câmara municipal para protestar sobre o ocorrido, mas de uma forma arbitrária foram recebidos com spray de pimenta no rostos e armas apontadas para os mesmos. Esse fato lembra o que aconteceu aqui e Fortaleza na greve de 2011 dos professores onde esses foram agredidos pela guarda municipal. Aí eu deixo aqui o comentário de uma amiga minha: “a guarda municipal responde ao prefeito, então quem foi que mandou? Reflitam. 
Todo apoio aos professores e professoras do Icó! vai ter luta!
E para finalizar nem reuniões de estudo nas Escolas podemos fazer, porque até ali a polícia está nos vigiando e perguntando de qual partido nós somos.
Corte nos orçamentos, intervenção militar, agressão e perseguição aos professores, em que ano nós estamos 1964 ou 2018?
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foto: fetamce.org.br



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