domingo, 15 de dezembro de 2013

O GEMA

(Não é o logo original)
                Grande Encontro de Muitos Amigos... não, não é isso que significa especificamente a sigla GEMA. Na verdade, eu não sei dizer com total propriedade o que significa o GEMA, mas sei muito bem o que meus olhos viram hoje. Fui capaz de ver o amor nos olhos de cada membro, o amor por um ideal.
               Ontem (14/12/13) nos confraternizamos de tal maneira que as “barreiras” temporais foram quebradas e todos os membros deixaram de ser de uma “geração” do GEMA e passaram a ser daquele momento, conseguimos entrar em sintonia. Uma vibração que é inexplicável, mas que estava naquele ambiente, pois nosso corpo, a nossa mente e a nossa alma estavam, com toda a certeza, vibrando na mesma intensidade e isso tornou o momento algo mágico, algo surreal, algo...GEMA.

                Um grupo que enxerga o meio ambiente de uma forma completamente diferente, que entende que tudo está ligado com o meio ambiente e até mesmo a política, a fé, o esporte e a saúde tem diversas ligações com as questões ambientais.
                Embora seja um grupo de estudos, ele já deixou de ser apenas um grupo de estudos há muito tempo. Daria para escrever um livro onde cada capítulo seria a vivência de cada membro dentro do grupo e seria um livro grande, porque 5 anos de história é muita coisa.

(Os parágrafos vão ficar um pouco sem sentido, mas é que estou tentando passar para todos o que é para mim se sentir membro do GEMA)

                Sempre fomos conhecidos por fazer coisas diferentes e que muitos não têm coragem de fazer, como por exemplo, fazer uma apresentação artística e cultural na Praça do Ferreira em plena greve dos professores e até mesmo nos confraternizar no Restaurante Popular Mesa do Povo. Sem falar das diversas vezes que fomos chamados de loucos ou que algum membro sofreu algum tipo de preconceito por causa da forma de enxergar o mundo.
                Mas, isso não nos desanima, só nos motiva e nos une cada vez mais, sabe por quê? Porque a cada dia estamos tirando a remela dos nossos olhos, a cada dia estamos buscando coisas novas e não temos medo de errar ou de mudar o pensamento, aceitamos que somos seres humanos mutáveis e que devemos realmente mudar.
                E além de tudo criamos laços... laços esses que são levados até o fim dos dias, que perguntam como você está, que te abraçam sinceramente sem vergonha, que te acolhem e que te cativam.

            Ontem (14/12/13) fizemos mais uma confraternização de fim de ano e tudo tinha um significado especial. O local? Escola Adauto Bezerra, que foi onde tudo começou. O almoço? Uma família se reúne para almoçar. Os participantes? Todos que compõe a história do GEMA. A música? Todas as possíveis.
                Cada um levou um prato diferente, muitos até aprenderem a cozinhar apenas para levar (kkkkk) outros pediram ajuda a mãe (Tipo eu), mas garanto que na próximo eu levo a tapioca. No final a comida que sobrou levamos de volta, mas vi um gesto muito nobre de alguns membros. No caminho vimos um senhor morador de rua e no lugar de levar a comida, esses membros deixaram com esse senhor. Esse gesto foi nobre, é um dos fatores que mostram o olhar de observador.
               
             E nas músicas tinha de tudo: violão, palmas, dança e a clássica pergunta “o que você vai fazer com a barata da vizinha?”. Animação não faltou.
       Não posso esquecer os momentos emocionantes. O primeiro foi o amigo secreto de livros, onde muitos entregaram livros que foram marcantes para si. Recebi um livro que foi muito importante para a pessoa que me deu e garanto que vou cuida-lo com muito carinho. O segundo momento de grande emoção foi à troca dos bens pessoais.
                  O professor Henrique propôs a ideia de que cada um levasse um objeto pessoal que lhe fosse importante, mas que soubesse que deveria passar ele para outra pessoa. Foi um momento difícil, porque praticar o desapego nem sempre é fácil, principalmente se for de objetos tão especiais.
               
                Enfim, passei para um guerreiro do GEMA o meu terço de crisma. É um terço que tem uma enorme importância para mim e sei que agora está em boas mãos e que vai ajudar a guia-lo, meu caro Diego, assim como ele me guiou diversas vezes. Também tive a honra de receber do próprio Diego a sua blusa do GEMA. Essa blusa é única, só foram feitas 30 unidades na época dos primeiros membros, então ela carrega uma história de luta incrível e quase não acredito que ele confiou ela a mim.
                Outra inspiração também me confiou um bem seu. O Erberson me entregou um patuá com o nome de Ogum. Pesquisei um pouco sobre o objeto e descobri que ele é considera um talismã de sorte pelas pessoas ligadas ao Candomblé e vou andar com ele, porque sei que ele terá a mesma importância que o meu terço e, além disso, porque ele foi entregue por um amigo. Obrigado pela confiança.

             E para terminar agradeço a todos os membros que puderam comparecer e a todos que contribuíram para construir a história desse grupo. Hoje ele não é somente um grupo, é uma família. Obrigado a todos. 


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