A cada dia
aceitamos que mais empreendimentos tomem posse da nossa cidade e a modifiquem de acordo com seus interesses. Nossos representantes se fazem de cegos e
aceitam tudo isso de bom gosto sem se preocupar com as transformações que irão
ocorrer, ou pior, sem garantir uma estrutura adequada para receber tais
empreendimentos.
Enquanto garantem
um aumento na economia local, se é que boa parte dos tributos aqui ficam,
acabam sufocando o resto da população com uma infraestrutura viária
despreparada para receber fluxos tão intensos de veículos, ou seja, incentivam
o aumento de fluxo em regiões que em sua maioria não são capazes de suportar
tal aumento.
Para resolver
tais problemas gerados pela omissão, optam por realizar obras "emergenciais" e que modificam ainda mais aquele espaço geográfico, o
problema é que na execução desta obra visaram apenas esta obra sem se preocupar
com toda a rede de interação que ela está ligada e mais uma vez temos a
execução de um projeto que reduzirá nossas poucas áreas verdes, que retirará
moradores de suas residências, que modificará bruscamente espaços geográficos e
alterará histórias.
O problema não é
o shopping e sim a forma como estamos encarando tudo. Encaramos a execução de
um empreendimento de forma isolada sem se preocupar com as consequências que
ele gerará, depois tentamos resolver os problemas de forma isolada, o problema
é que nada está isolado. Estamos em uma grande teia de interações...precisamos encarar de forma holística todo o meio.
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